Desde a década de 60, uma revolução cultural vem ocorrendo no mundo ocidental, com o objetivo de relativizar os valores cristãos que erigiram a atual civilização e substituí-los por valores ateus. Assim, a castidade e a fidelidade sofrem ataques diários na internet, nas revistas e, principalmente, nas escolas e na televisão. O namoro tem sido colocado em segundo plano nos relacionamentos dos jovens, classificado ou como coisa do passado, ou passa a ser um namoro "aberto", em que qualquer um pode se relacionar com outros "parceiros", sem compromisso. A moda é "ficar" e aproveitar o parceiro pelo tempo que der, seja 5 minutos, seja uma noite. O outro passa a ser um objeto, e só é bom de acordo com sua utilidade. Se dá prazer, até dá pra "ficar" mais um pouquinho. Se não é muito bom, dá pra jogar fora, não é mesmo?
Bem, essa é a ótica utilitarista que, infelizmente, predomina na nossa sociedade. Mas há a proposta que a Igreja Católica, a legítima Igreja de Jesus Cristo, faz a seus fiéis e a todos os jovens perdidos nesse mundo hedonista.
O casal de namorados católico deve viver o namoro como uma época de conhecimento, amadurecimento e construção da futura família. Através do conhecimento próprio e do outro, o casal amadurece e se conhece. O ser humano integral é constituído de quatro dimensões: sobrenatural, racional, afetiva e física. No namoro, o casal deve procurar viver essas quatro dimensões de forma orgânica, preparando-se para o Sacramento do Matrimônio. A dimensão física não deve ser vivida, no namoro, através de relações sexuais e carícias, exclusivas do casamento, mas, sim, através do carinho.
Certamente, não é fácil para nenhum casal assumir a castidade como um valor nos dias de hoje, mas procure ver o que acontece com os casais de namorados que se relacionam sexualmente no namoro. O namoro até dura algum tempo, mas mais cedo ou mais tarde acaba. Os que chegam ao casamento também muitas vezes se separam com 2 ou 3 anos de casados. Mas por quê? Ora, não construíram seus casamentos sob uma rocha sólida. Construíram-no sob a areia. Ao invés de conhecer o que o outro pensa, o que outro sente, quais as expectativas do outro, qual a religião do outro, preferiram conhecer o corpo do outro. Reduziram o outro a um objeto que dá prazer. Esqueceram três das quatro bases de um ser humano. Também seria errado um casal unir-se apenas pela mesma fé que compartilha, ou pelos mesmo gostos e paixões ou ainda pela mesma linha de pensamento. Um casal feliz e uma família feliz se constróem quando, entre o casal, há um diálogo racional, afetivo, sobenatural e físico.
O sexo possui duas dimensões: unitiva e procriativa. Busca unir um casal que se comprometeu a viver a vida toda através do Sacramento do Matrimônio, um fiel ao outro, até o fim de suas vidas. A dimensão procriativa decorre da própria biologia humana e os filhos que virão merecem viver em uma família estruturada, que os acolherá com todo o amor e dedicação que exige um filho. No namoro, os jovens não firmaram um compromisso de fidelidade como no casamento, tanto que quando ocorre alguma gravidez, normalmente o casal se separa. Tampouco possuem condições financeiras e emocionais de assumirem um filho como deveriam e até mesmo gostariam.
Portanto, o namoro católico busca é vivido a fim de formar uma família sob uma rocha sólida, aberta à vida e capaz de aguentar os percalços que se encontra na vida terrena.
Dica de leitura: o livro "Namoro", do Prof. Felipe Aquino, da Comunidade Canção Nova.
Para finalizar, há dois vídeos interessantes. Lembro que já há um post sobre castidade com vários vídeos. Confiram: