17 O instinto
O homem possui paixões. Também o animal possui paixões. No homem as paixões são guiadas pelo espírito e no animal pelo instinto. Como o espírito do homem é livre, ele pode optar e sujeitar-se às paixões. O homem tem liberdade de fazer as coisas de uma ou de outra maneira, de dizer sim ou não. O instinto não é livre. O animal é guiado pelo instinto sem poder optar. Trata-se de um destino absoluto.
Aqui é preciso esclarecer os termos. O que nós denominamos "paixão" denomina-se em diversas publicações com os termos "instinto" ou "impulso". Esta diferença causa uma certa confusão. A Igreja Católica optou pelo termo "paixão" (Catecismo da Igreja Católica nº 1762) e a este aderimos.
Há uma grande diferença entre paixão e instinto. A paixão é que movimenta, o instinto é que guia. Se o homem, então, não tem instintos e também não se guia pelo espírito, as paixões estão soltas e procuram saciar-se desordenadamente.
O cultivo do espírito, por isso, é de suma importância. É preciso adquirir um espírito esclarecido, lúcido, atento, forte e sujeito a Deus. Se não há empenho nisto, as paixões reinarão facilmente sobre o espírito e o homem pode chegar a procedimentos abaixo do nível do animal.
18 Os costumes
Os bons costumes são fieis companheiros do nosso espírito, pois ele sozinho não seria capaz de guiar as paixões, a cada instante.
O costume é quase algo como um instinto que guia. Ou falando na linguagem da informática: é algo como um "sistema operacional" que está sempre em ação quando se trabalha com os programas.
Costumes podem ser introduzidos, abandonados, alterados. Se quiséssemos fazer uma pesquisa sobre costumes por nós praticados, iríamos descobrir que nos guiamos, em boa parte, por costumes estabelecidos há gerações.
Os nossos costumes são bons? Costumes de princípios cristãos? Costumes que correspondem à ordem do ser, ao homem novo? Não está na hora de repensar e renovar este "sistema operacional" para corresponder às exigências do tempo?
Música: Como um niño
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